A presente monografia se inicia com a autora dando um breve relato da importância e do uso da imprensa como fonte para artigos acadêmicos, ela retrata que na década de 1970 ainda era muito pequeno o uso dessa “ferramenta” de pesquisa para trabalhos acadêmicos, mas com o passar dos anos vem se tornando cada vez mais comum o seu uso. A monografia em si é sobre a analise do discurso dos jornais “O Estado do Paraná” e “Tribuna do Paraná” sobre o levante de terras no sudoeste do Paraná em 1957. Após isso ela cita que segundo WACHOWICZ, pode-se dividir a ocupação do Estado em três áreas histórico-culturais: O Paraná Tradicional, Paraná Moderno ( região norte e a região sudoeste) e o surgimento de uma nova frente pioneira. A monografia interessa o movimento expansionista denominado “Paraná moderno”. Um ponto de interrogação pairava sobre os moradores do Sudoeste do Paraná na década de 1950. De um lado, companhias de terra os forçavam a comprar, por meio de notas promissórias, lotes em que os colonos já residiam. De outro, havia a garantia do governo federal de que eles detinham a posse do território. Jagunços contratados pelas companhias de terra transformaram a região em um verdadeiro rio de sangue. Os posseiros que se negassem a comprar a terra que, em tese, já pertencia a eles, eram vítimas de uma violência inimaginável. Meninas e mulheres foram estupradas, crianças e jovens apanharam de corrente. Também houve chacinas com dezenas de mortes. Cansados de conviver em uma terra de ninguém, os posseiros se rebelaram. Afinal, já fazia quase nove meses que atos bárbaros dos jagunços estavam presentes na vida da população. Muitos desses homens já tinham experiência em atos truculentos. Segundo Iria Zanoni Gomes, autora do livro 1957 – A Revolta dos Posseiros, a maioria deles era egressa do sistema prisional Ahú, de Curitiba. “Eles andavam com um sobretudo longo e sempre armados”, comenta
Um dos casos emblemáticos foi