impressao 3D
Folha de são Paulo Data:22/05/2011 - 11h00
Falta um lustre na sua casa? Talvez pratos. Um mouse para o seu computador. Ou, quem sabe, você acha que seu celular não tem personalidade e gostaria de mudar seu design.
E se você pudesse imprimir tudo isso em casa, sozinho, com a cara que quisesse? Pois as impressoras 3D, antes confinadas ao setor de protótipos, já permitem isso.
São aparelhos que usam técnicas variadas --da deposição da resina plástica à moldagem de objetos com pó e laser-- para construir peças criadas em programas de computador do tipo CAD, para desenho tridimensional.
Com o barateamento e a rápida evolução da tecnologia, o consumidor logo poderá fazer isso em casa, assumindo maior controle sobre a forma de seus objetos pessoais e reduzindo drasticamente os custos para iniciar um pequeno negócio.
"Você não precisará mais de um aparato industrial enorme para fabricar esses objetos que visam o consumidor", disse à Folha o pesquisador Peter Schmitt, 33, que acaba de defender seu doutorado no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês) sobre o tema.
Schmitt desenvolveu para sua tese um relógio de parede totalmente fabricado por uma impressora 3D. Ele já é "impresso" montado, com as engrenagens encaixadas, pronto para funcionar.
Arquivo pessoal/Peter Schmitt
Impressora 3D desenvolvida pelo MIT; com a rápida evolução tecnológica, máquinas têm o seu preço reduzido
CONSUMIDOR
As impressoras 3D não nasceram agora. Há pelo menos dez anos elas são bastante utilizadas para construir protótipos. O que mudou é que finalmente elas chegaram a um estágio, tecnológico e de custo, que permite seu uso comercial. O próximo passo é o consumidor.
Hoje, uma pequena impressora 3D pode ser comprada por US$ 2.000 (R$ 3.200 --uma de maior porte, do tipo que fez o relógio e que é voltada para empresas, pode sair por US$ 40 mil).
A Folha viu uma das versões pequenas em ação, enquanto