O DISCURSO DA IMPRENSA PARANAENSE SOBRE O LEVANTE DE TERRAS NO SUDOESTE DO PARANÁ EM 1957.
VERA LUCIA DA SILVEIRA
Janaína Meazza
Na resenha trabalhada a autora destaca a superficialidade e imparcialidade dos jornais do século XIX ao XX, tendo como base a analise do levante de 1957 no Sudoeste do estado do Paraná.
Nota-se que nos jornais analisados e nos que foram apenas citados, a superficialidade era tamanha, que os historiadores não confiavam na veracidade dos jornais para realizarem pesquisas históricas usando-os como referencia.
A autora muito sabiamente propõe que a neutralidade é difícil de alcançar, pois as pessoas são feitas de ideologias, a cada dia, a cada livro, a cada relação vivida, criamos ideologias em nos, o que dificulta sermos neutros quando vamos tratar de fatos históricos. E principalmente no caso, onde se trata de um confronto de dois lados. No qual a história surpreende-nos com o resultado final, onde quem ganha não é a elite e sim os colonos e posseiros .
Fica claro que os jornais da época tomaram partido e não se mostraram nada neutros com relação ao que estava ocorrendo no Sudoeste.
A autora utiliza como referencia para esta analise os autores Wachowicz, Maria Antina Calnaghi e Iria Zanoni. Autores estes que escrevem a historia do Paraná de uma forma séria e confiável, não que não tomem partidos, mais construíram suas obras através de métodos historiográficos.
Na situação analisada, o levante de 1957, o CANGO havia doado terras do sudoeste para os colonos, que na maioria eram gaúchos, porem as companhias alegavam que a posse das terras não eram legitimas e reivindicavam as terras.
Contratando jagunços, que serviam como aparelho repressor, as companhias pressionavam os colonos por meio da violência aplicada.
O governo da época, Lupion, foi contra os colonos e posseiros, impedindo a policia de intervir na violência que estava ocorrendo, Lupion também era dono de grande parte de terras no Sudoeste e talvez por isso não