impermeabilizaçao
De acordo com o especialista Ricardo Ramalho, do Movimento Minha Terra (MMT), os processos de cimentação, asfaltamento, calçamento de ruas e calçadas e outros, como a própria construção das edificações, formam uma espécie de capa sobre o solo, impedindo que a água fique em contato com este e assim possa ser absorvida. “Isso ocorre não só pela construção, que passa a ocupar os canais naturais de escoamento, mas pela forma com que as pessoas ocupam o solo”, explica.
Para o especialista, o processo de urbanização é natural e inevitável, mas o problema é quando isso ocorre sem estratégias de ordenamento do território, que não levam em consideração os efeitos da perda de solos insubstituíveis, quer ao nível da produção alimentar, quer ao nível da conservação da natureza e controle de cheias. “Abrem avenidas, ruas e estradas sem qualquer preocupação com a arborização. Muitas obras estão sendo feitas, mas não vemos um canteiro central, passeios ou bloquetes que são blocos pré-moldados utilizados na pavimentação e permitem algum escoamento de água para o solo”, alerta.
E a cada ano a impermeabilização do solo avança em Maceió. De acordo com Ricardo Ramalho, as áreas de maior crescimento são bairros da área nobre a Ponta Verde, Pajuçara e Jatiúca. Ele também cita bairros populares que têm um processo historio de ocupação desordenada como Ponta da Terra e Bom Parto. “O poder público precisa estar atento a esse crescimento desordenado porque a cada ano avança e torna o problema maior. A impermeabilização é um problema previsível, porque a urbanização da cidade nunca para, por isso