Imperialismo O imperialismo possui um caráter múltiplo. Não há apenas um, mas sim vários imperialismos, cada qual com suas práticas e estratégias de controle específicas, possuindo também diferentes definições. A palavra “imperialismo” apareceu apenas em 1870, sendo bastante utilizada entre 1890 e 1914, e servindo ainda hoje para designar práticas militares e culturais desenvolvidas por potências para exercer domínio sobre outros Estados. O imperialismo se define como um período histórico específico, que abrange de 1875 a 1914, quando a Europa Ocidental passou a exercer intensa influência sobre o restante do mundo. O conceito designa também o conjunto de práticas e teorias que um centro metropolitano elabora para controlar um território distante. O conjunto de práticas que constitui o imperialismo começou a ganhar coerência a partir do fim do século XIX, com o surgimento do capitalismo monopolista. A livre concorrência entre diferentes empresas gerou concentração da produção nas mãos bem-sucedidas, levando a formação de monopólio. Rapidamente, os bancos passaram a dominar o mercado financeiro, influenciando em suas decisões e as decisões de seu Estado, exportando capital e propondo a busca de novos mercados. Nascido, assim, da formação de monopólios, o imperialismo promoveu disputas por fontes de matérias primas entre trustes (ação entre empresas que já dominam parte do mercado para estabelecer preços altos, garantindo maior lucro) e cartéis (acordo comercial visando determinar preços e limitar concorrências) que precisavam se expandir, defrontando-se com cartéis e trustes de países concorrentes. Nesse momento, a classe detentora da produção capitalista transformou o crescimento econômico em expansão territorial. O período entre 1870 e 1914 esteve, dessa forma, associado a expansão do capitalismo monopolista, à conquista política e militar de territórios e ao auge do imperialismo sobre o mundo.