Impactos ambientais no setor sucroalcooleiro
A cana-de-açúcar foi oficialmente introduzida no Brasil por Martin Afonso de Souza, em 1532 (Mattos, 1942). Hoje, é encontrada em todos os Estados. A região produtora de maior destaque é a Centro-Sul (C–S)7, com cerca de 90% da produção brasileira, sendo os 15% restantes produzidos na região Norte-Nordeste (N–NE)8. O Estado de São Paulo concentra mais de 60% da produção nacional.
Durante quase duzentos anos, após o descobrimento, a economia nacional baseou-se, praticamente, na agroindústria canavieira. Coube ao Governo Imperial, no final do século XIX, o início da modernização do setor. Alguns engenhos evoluíram e transformaram-se em usinas. Por ocasião da proclamação da República, o açúcar ocupava o terceiro lugar nas exportações brasileiras, atrás do café e da borracha. Em 1910, tinha caído para sexto. A partir de 1924, a economia açucareira nordestina entrou em crise, pela queda nas exportações e pelo crescimento da produção no Estado de São Paulo. A indústria alcooleira nacional surgiu a partir da destilação do mel residual, proveniente da fabricação de açúcar. Em 1931, por meio de Decreto, o Governo Vargas tornou obrigatória a mistura de 5% de álcool na gasolina. Iniciava-se a intervenção estatal no mercado de açúcar e álcool que se encerraria com a extinção do Instituto do Açúcar e Álcool (IAA), em 1991. Antes disso, em 1975, ante a forte dependência brasileira do petróleo importado, o Governo Geisel criou o PROÁLCOOL (Programa Nacional do Álcool) com o objetivo de viabilizar o etanol como combustível carburante. Desta época datam os primeiros automóveis a álcool fabricados em série e a intensificação da mistura de álcool anidro à gasolina. Da produção incipiente de 600 milhões de litros de álcool, o Brasil atingiu, em 2006, 16,9 bilhões de litros, tornando-se o único país do mundo a conseguir substituir, em larga escala, o consumo de gasolina por fonte renovável.
A exclusividade de maior produtor mundial, contudo,