Impactos ambientais em imperatriz
A ética da alteridade no texto “Ethos ou a morada do homem” 1
A juíza federal Márcia Turri, que se ocupou em seu artigo científico pela ética da alteridade e, portanto, uma questão filosófica, apresentou um fato da tradição bíblica veterotestamentária enquanto fio condutor emblemático de um pensar a ética enquanto alteridade (alter em latim significa “outro”). Qual figuração mais plausível para tanto senão fosse à complexa e imbricada relação entre Caim e Abel.
A aula do dia 11.09.’13 foi marcada pela reflexão ética (princípio que uma determinada sociedade ou indivíduo tenha que oriente à práxis e, que nesse caso, a ação em si é chamada de moral) sobre se é possível, perante um cenário societário marcado notadamente por idiossincrasias (compreensões de mundo) plurais, diferentes e até por vezes irreconciliáveis entre si, ser possível a coexistência pacífica com um telos (objetivo) ao bem-comum de todos. Parece que a Dra. Márcia Turri apresenta uma proposta ética capaz de responder ao problema acima descrito: sim, ela afirma que é possível diferentes sociedades serem capazes de coexistirem em um único espaço geofísico. Ora, então, parece que não fica tão longe da reflexão de uma ética da alteridade o binômio paradigmático ‘Caim e Abel’. Vamos, então, fazer um brevíssimo apontamento a respeito.
Na tentativa de investigar o conceito de ética, a autora Márcia Turri estabelece primeiramente uma cesura (corte, divisão) conceitual entre s (étos) e s (êtos). Pelo primeiro, ela entende que significa a situação de vida dos animais humanos e não-humanos e, portanto, condição fundante da existência para ambos; pelo segundo termo (etos), o entendimento da ética é o próprio caráter do indivíduo e, sendo assim, constituindo-se em seu próprio pensar e agir. Ah! Então quer dizer que, para a tradição (conteúdos que são transmitidos de geração a geração) grega ainda não havia o termo mors tão presente nos livros didáticos? Claro que não! Já que mors