Impacto ambiental
O EIA/Rima das intercessões viárias de acesso à CE-040, incluindo a ponte estaiada e o mirante, mostra que o projeto “encontra-se inserido parcialmente na Zona de Proteção Ambiental 1 – Faixa de Preservação Permanente dos Recursos Naturais”. Serão, diretamente, afetadas as Áreas de Preservação Permanente (APPs) do manguezal do rio Cocó, da faixa marginal do curso de água do rio com 50 metros de largura e das dunas com cobertura vegetal. O empreendimento também atinge a “poligonal proposta para o Parque Estadual do rio Cocó”.
A Área de Relevante Interesse Ecológico Dunas do Cocó (15,2559 hectares) será afetada em 2,96 ha. Em áreas de dunas, o estudo divulga o registro de 24 espécies arbóreas, como cajueiro, jatobá, maçaranduba e juazeiro. Já no manguezal, os mangues branco, preto e vermelho compõem “um valor estimado de densidade total de 3.950 árvores/ha, tendo as árvores uma altura média de 5,96 metros”.
O EIA/Rima considera que “em conjunto com o bosque de manguezal, as dunas são um dos componentes maiores da paisagem natural local”. Ali, conclui o estudo, “a fauna encontra refúgio e proteção contra as intensas modificações do ambiente urbano que as circunda. A duna do setor leste caracteriza-se como uma ilha vegetada na cidade, sendo dos poucos locais de refúgio dos animais para todo aquele setor”.
Entre os grupos de animais viventes na região, estão as aves (sabiá, galo campina, garça branca...), os répteis (lagarto, jibóia, rã...) e os crustáceos (chama-maré, uçá, aratu). O EIA/Rima recomenda que “as APPs a sofrerem intervenção deverão ser compensadas com a recuperação de ecossistemas semelhante em área mínima correspondente a duas vezes a área degradada, para que garanta a evolução e a ocorrência de processos ecológicos”.