imigração portuguesa
Os registros de imigração portuguesa começaram a aparecer no século XVIII, porém ficaram mais regulares a partir do século XIX.
Primeiramente vieram para o Brasil apenas portugueses da elite, a partir da segunda metade do século XIX, a perda da colônia gera problemas econômicos para Portugal, que fica incapaz de sustentar sua população adequadamente. A Europa passa por momentos revolucionários e contestatórios no século XIX, oferecendo outro elemento para emigração. Mas, no caso do Brasil, é principalmente a necessidade de mão-de-obra na lavoura e nas nascentes indústrias que faz impulsionar a imigração. Neste contexto, os portugueses ficam atrás apenas dos italianos como correntes imigratórias que chegaram no Brasil. O crescente, embora lento, cenário de abolição do trabalho escravo desperta nos cafeicultores o interesse pelo trabalhador livre estrangeiro. Estes últimos foram alvo de um anedotário pouco condizente com a rica herança cultural que nos deixou o português.
A imigração portuguesa no Brasil fez-se por fluxos. De 1891 (Primeira Constituição Republicana) a 1929, foi um período de grande imigração, quando grande parte dos 362.156 portugueses entrados no país se dirigiu para a lavoura. A crise econômica mundial de 1929, bem como a política migratória adotada pelo governo brasileiro, que assumiu o poder com a Revolução de 30, determinaram uma queda violenta nos números da imigração; de 1930 a 1950, chegaram ao Brasil 445.863 estrangeiros, dos quais 33% eram portugueses.
Na década de 50 a imigração voltou a ser incentivada pelo governo. Isso abriu portas para muitos trabalhadores, de 1950 a 1963 entraram no país 772.157 imigrantes, sendo 41% portugueses provenientes, na sua maioria, do norte de Portugal e das ilhas da Madeira e dos Açores.
Essa imigração, representou um grande número de estrangeiros que construíram suas vidas para o Brasil, foi a segunda maior corrente, perdendo apenas para os Africanos, que por sua vez foram