"A imigração Portuguesa através da política de imigração brasileira: algumas considerações"
O capítulo 2 aborda a questão da imigração portuguesa, que se dividiu em duas fases: a primeira do século XIX até 1930, vista inclusive como uma ameaça à nacionalidade brasileira, e de 1930 até 1945, onde reforçou a nacionalidade diante dos fascistas.
A partir de 1860 chegou a virar assunto da imprensa brasileira e do legislativo, que não consideravam essa corrente migratória portuguesa. A construção da nacionalidade brasileira teve como embasamento as ideias de república e modernização social, já que os brasileiros não queriam mais ser considerados cidadãos portugueses.
A cidade do Rio de Janeiro foi alvo dos imigrantes portugueses durante os anos de 1866 e 1888, levando a uma urbanização acelerada, que fez com que o Brasil começasse a dar início a um desenvolvimento maior da indústria, sendo ampliada com a Proclamação da República.
Além de donos de comércio de roupa, comida e pensões, proprietários de imóveis e trabalhando também em bancos ou em setores secundários como motoristas, inspetores de trens e companhias de navegação, dentre outros cargos, os portugueses estavam engajados também no movimento operário, lutando por uma legislação para a regulamentação trabalhista.
Nas ruas e na imprensa brasileira a campanha antilusitana só fazia crescer. Cada vez mais greves operárias mostravam a insatisfação dos trabalhadores que lutavam por melhores condições de trabalho. Após 1930, na Era Vargas, que com uma legislação dupla de proteção ao trabalhador - trabalhista e previdenciária - e com novas regras de imigração que a entrada de imigrantes e a participação dos mesmos no mercado de trabalho se tornou limitada. Foi criado, inclusive, nessa época o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, com o objetivo de enquadrar essa questão social.
A Constituição de 1934 trouxe novas conquistas aos brasileiros impondo cotas anuais à entrada de