Imigração portuguesa no brasil região sul
Imigração portuguesa no Brasil, ou emigração portuguesa para o Brasil, é o movimento populacional de portugueses para o Brasil. Os portugueses constituíram o segundo grupo que mais povoou o Brasil, atrás apenas dos negros africanos.[1][1] Durante mais de três séculos de colonização, somada à imigração pós-independência, os portugueses deixaram profundas heranças para a cultura do Brasil e também para a etnicidade do povo brasileiro. Hoje, a maioria dos brasileiros têm alguma ancestralidade portuguesa.[2]
Imigração para o sul
Essa imigração de portugueses das ilhas para o litoral sulista foi bem menos significativa numericamente do que a migração de minhotos e outros portugueses do Norte para a região mineradora. Todavia, o impacto demográfico que esses colonos das ilhas tiveram no litoral do Sul do Brasil foi enorme. Entre 1748 e 1756, cerca de 6 mil ilhéus chegaram ao litoral de Santa Catarina, sendo que a população local era de apenas 5 mil pessoas. Santa Catarina recebeu 4.612 pessoas em 1748, 1.666 em 1749, 860 em 1750 e 679 em 1753. Outros tantos rumaram para o Rio Grande do Sul. Esses colonos portugueses se fixaram ao longo do litoral, onde fundaram pequenas vilas e lugarejos, vivendo da produção de trigo e da pesca.[24]
Essa imigração promovida pela Coroa foi uma estratégia de ocupação do Sul da colônia, visando expandir o território para além dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. Mas, ao contrário do esperado, esses colonos não penetratam o interior, e acabaram por se fixar ao longo do litoral. Diferente dos outros portugueses no resto da colônia, que estavam engajados na produção voltada para o comércio exterior, os ilhéus desenvolveram uma produção agrícola em regime de pequenas propriedades, com o uso de mão-de-obra familiar.
Para convencer esses ilhéus a imigrarem para o Brasil, o governo português ofereceu, principalmente para casais açorianos e para um número menor de madeirenses, diversas regalias: