Imigração Italiana
A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice o período entre os anos 1880 e 1930. A maior parte dela se concentrou no estado de São Paulo. Os italianos começaram a imigrar em grande número para o Brasil a partir de 1870.
No século XIX, a população da Itália e de toda a Europa, estava de um modo geral, afundada na miséria. A transição entre um modelo de produção feudal para um sistema capitalista, afetou diretamente as condições sociais no continente europeu. As terras ficavam concentradas nas mãos de poucos proprietários, as taxas de impostos eram elevadas sobre a propriedade, com isso, os pequenos proprietários se endividavam com empréstimos. A concorrência era desigual com grandes propriedades rurais, que fazia o preço dos produtos do pequeno proprietário ficar muito baixo, empurrando essa mão-de-obra para as indústrias nascentes, que não conseguiam absorver essa massa de trabalhadores, enchendo as cidades com desempregados. A medida que a disputa pelos mercados consumidores se acirrou, a concentração de terras nas mãos da menoria se agravou. Assim, milhões de camponeses, que antes eram pequenos proprietários rurais, desceram à condição de trabalhadores braçais nas grandes propriedades rurais. Mesmo os que continuaram como pequenos proprietários rurais não conseguiam tirar o sustento da terra. Isso porque as terras geralmente eram adquiridas por herança, e o filho mais velho ficava com a terra após a morte do pai, enquanto os outros filhos eram excluídos. Mesmo quando as terras eram divididas entre os filhos, a divisão acarretava no recebimento de um pedaço muito pequeno de terra, tornando impossível extrair o sustento.
No século XIX, a população europeia cresceu duas vezes e meia, piorando ainda mais os problemas sociais naquele continente. A situação era de fome e miséria por toda a Europa. O camponês europeu tinha grande afeto por suas terras e toda sua existência girava em torno da manutenção de sua