Imigração Italiana
Os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar ao Brasil na década de 1870. Porém, foi entre as décadas de 1880 e 1910 que houve o maior fluxo de italianos para o território brasileiro, principalmente, para as regiões sul e sudeste do país, vindos de muitas cidades, como Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia.
A Itália, na segunda metade do século XIX possuía altas taxas e impostos sobre a posse de terras que obrigaram muitos pequenos proprietários a empréstimos e endividamentos. Além disso, o pequeno produtor não conseguia competir com os grandes proprietários, que enchiam os mercados com produtos mais baratos. Sem condições de ocupação, esses trabalhadores se proletarizaram, transformando-se em mão-de-obra barata na indústria italiana. Outros preferiram cruzar o Atlântico, em busca de trabalho. Nesse sentido, a forte propaganda do governo brasileiro encontrou um público vulnerável.
Principais causas da imigração
No princípio do Século XIX ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Terminada as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena - 1814/1815 - estabeleceu arbitrariamente novos estados, formas de governo e alianças.
Assim, a Itália se viu dividida em sete Estados soberanos, surgindo, em consequência, o ideal da unificação. Esta foi obtida apenas em 1870, graças a Vitor Emanuel II, o Primeiro Ministro Cavour e o revolucionário Giuseppe Garibaldi. Terminada a luta, houve batalhões de desempregados e camponeses sem terras não tendo como alimentar a si nem as suas famílias. A Revolução Industrial, com o aparecimento das máquinas, substituíra o trabalho do homem, com muito mais lucro.
Oficialmente, havia duas metas para a imigração. A primeira era a colonização, para busca de mão-de-obra especializada agrícola e povoar territórios. A segunda, criar um mercado assalariado, em substituição à mão-de-obra escrava.
Mas o objetivo principal era perseguido pelos "barões do café" - oligarquia paulista com