Imigração Italiana
Grande parte dos italianos que migrou para o Brasil eram de origem humilde, principalmente de regiões rurais da Itália. O Brasil era visto como uma terra nova, repleta de oportunidades. Vale lembrar que a Itália passava por uma crise de emprego na segunda metade do século XIX, gerada, principalmente, pela industrialização do país. O alto crescimento populacional não foi acompanhado pelo crescimento econômico do país e pela geração de novos empregos, fazendo com que muitos italianos optassem pela vida em outros países (Brasil, Estados Unidos, Argentina, França, Suíça, entre outros).
Se por um lado a Itália tinha muitas pessoas querendo buscar trabalho em outros países, o Brasil necessitava de mão-de-obra. Após a Abolição da Escravatura (1888), os agricultores optaram pela mão-de-obra de origem europeia, ao invés de integrarem os ex-escravos ao mercado de trabalho. O próprio governo brasileiro fez campanha na Itália para atrair esses italianos para o trabalho na lavoura brasileira.
O PERÍDO DE MAIS CHEGADA DOS IMIGRANTES E AS ÁREAS QUE MAIS RECERAM IMIGRANTES
A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice a faixa de tempo entre os anos de 1880 e 1930. A maior parte dela se concentrou na região do estado de São Paulo.
Os italianos chegaram de início à região sul, onde estavam instalando colônias de imigrantes. Em meados do século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias. Estas colônias foram fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves (1875). Estes imigrantes eram, na maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Depois de cinco anos, face ao grande número de imigrantes, o governo teve de criar uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Nestas regiões os italianos começaram a cultivar a uva e produzir vinhos. Atualmente, estas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias catarinenses em