Imigrantes: a vida privada do pobre no campo
Zuleika Alvim
INTRODUÇÃO:
Grandes Movimentos Populacionais entre 1830 e 1930:
Europa expulsora e América ávida por povoadores;
Europeus, africanos e Asiáticos, culturas diferentes passam a conviver entre si;
Cria-se novos hábitos alimentares e de higiene, novas práticas educacionais e religiosas;
O BRASIL E O IMAGINÁRIO:
Com a febre emigratória, era comum pregadores descrever em praças públicas o Brasil ideal para se morar, destacava a riqueza dos recursos naturais, a fertilidade do solo, a facilidade de enriquecimento e falava-se na possibilidade de extrair alimentos à vontade.
Após a abolição da escravidão, o governo imperial incentivou a atração de mão de obra italiana para os cafezais, principalmente de São Paulo, onde se multiplicavam com mais rapidez.
Os alemães se instalaram no sul, pois havia a preocupação em povoar a região para proteger o território dos vizinhos do Prata.
EUROPA EXPULSORA:
As características da passagem do feudalismo para o modo de produção capitalista foram basicamente as mesmas em todos os países.
Concentração de terras nas mãos de poucos proprietários;
Altas taxas de impostos sobre a propriedade;
Incapacidade dos pequenos produtores concorrer com os grandes produtores.
Transformação do pequeno agricultor em mão de obra assalariada em novas indústrias. Grande parte do excedente de trabalho não era absorvido pela indústria.
Aumento da população, inovações tecnológicas que permitiam máquinas substituir a força humana, melhoria dos transportes e outros fatores, favoreceu o aparecimento de muitos camponeses sem terras e desocupados.
Apesar de haver a necessidade de um exército de mão de obra para acumulação capitalista, o grande número que desempregados se tornou uma ameaça para os donos de indústrias, que queriam evitar a qualquer custo o desencadeamento de revoltas populares.
A emigração foi a solução encontrada.
22% dos europeus que migraram vieram para a América Latina;