As desigualdades sociais acontecem quando distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos, no Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo e a pobreza é produzida inevitavelmente pelas sociedades capitalistas, e a idéia geográfico-social de que a desigualdade pode transmitir-se de uma geração a outra, através do meio ambiente de oportunidades e serviços em que se encontram cada indivíduo ao nascer. Portanto, o objetivo deste trabalho é combinar uma explicação teórica convincente sobre as origens da desigualdade, com algumas generalizações empíricas sobre quem é pobre e exatamente como persiste a desigualdade sob as condições de um capitalismo "avançado". As novas idéias que tal síntese proporciona são necessárias, pois as anteriores teorias sobre a desigualdade (cultura da pobreza, ciclo de privação) foram objeto de uma severa crítica acadêmica, embora permaneçam como a base teórica das políticas antipobreza projetadas para transformar a família e o indivíduo, e não a estrutura social e econômica, na maior parte dos países ocidentais. É necessária também, dentro dos estreitos limites da disciplina geográfica, uma teoria marxista que fundamente enfoques conceituais alternativos àqueles que seguem vigentes no campo da Geografia. Segundo Marx, a desigualdade das rendas é inerente ao regime de trabalho assalariado. No capitalismo trata-se a força de trabalho humana - duração de vida, esforço, crença e ânsia - como mera mercadoria que há de ser comprada por um patrão, a certo preço ou salário. Marx constata que os salários não só devem cobrir o sustento básico para a manutenção do corpo, mas também algumas necessidades determinadas socialmente, que mantenham o trabalhador relativamente contente e aumentem o crescimento econômico. Aos demais, os salários incluem os custos de substituição dos "trabalhadores desgastados por outros novos" e o custo de criar e educar as crianças; isto é, assegurar o desenvolvimento