Capítulo 09: Iluminação Florence observou em seus estudos que o fato de o paciente estar exposto frequentemente a um ambiente iluminado é crucial para seu bem-estar e, consequentemente, para a eficácia em seu tratamento. Empiricamente, a enfermeira viu que em locais bem arejados e iluminados, com janelas e vista para uma parte mais externa do hospital, o paciente se sente mais confortável, além de que a luz melhora o aspecto visual e higiênico do ambiente, favorecendo a não estagnação do ar no local e prevenindo a replicação de microorganismos. Como a própria Florence observou, a luz do sol tem o poder de tornar os ambientes mais salubres e agradáveis, pois evita o aspecto melancólico de um local escuro, além de prevenir o mofo, que pode fazer mal ao doente. Ao pensar no bem-estar, Florence não podia deixar de perceber o paciente em si e como ele mostra se sentir melhor. Ela viu, então, que a maioria dos enfermos preferia deitar-se com o rosto voltado para a fonte luminosa e, ressaltou que, para atender esse desejo e promover o hábito saudável de valorizar a utilização da luz durante o tratamento, deve-se adaptar o ambiente, dentro das condições de cada um, para que os doentes tenham pleno acesso à iluminação natural de forma confortável para sua situação e, mesmo nos casos onde, por determinadas doenças, o indivíduo não possa ser totalmente exposto à claridade, ela deve ser mantida dentro dos limites, pois, mesmo pouca, é necessária e eficaz. Atualmente nos hospitais, ainda há a preocupação de manter as enfermarias sempre bem arejadas, equipadas com janelas para evitar a estagnação do ar infectado e manter sua boa circulação, além de permitir que a luz do sol entre e renove o ambiente do quarto, como foi sugerido e estabelecido a partir das notas de Florence Nightingale. No entanto, na época em que ela realizou suas observações, a luz artificial ainda não existia como hoje e, devido a essa mudança radical de