ILHA DAS FLORES

Ilha das Flores
Ilha das Flores é um curta-metragem produzido por Jorge Furtado em 1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre. Foi um documentário bastante premiado e que já foi considerado um dos 100 mais importantes do século XX. É um curta-metragem bastante engenhoso e até científico, pela forma em que Jorge o produziu. Trata-se de Ilha das Flores que se localiza a margem esquerda do Rio Guaíba, a poucos quilômetros de Porto Alegre.
Para alguém que não disponha de conhecimento sobre o curta, o título dá a entender que é algo totalmente contrário do que realmente se trata. A forma descontraída e informativa (às vezes até muita informação em pouco tempo) que se dá início ao documentário é muito bem pensada, pois cada momento colocado é justificado com mais informações e sem ser cansativo.
A história inicia-se com o que é um ser humano e sua capacidade de pensar, passa para o tomate e sua história, vai para moedas de trocas, e chega à dona Anete que troca seu dinheiro por tomates, entre esses acontecimentos vem mais uma torrente de informações. Dona Anete ao julgar que seu tomate não está bom para o consumo humano o joga no lixo e aí entra a Ilha das Flores.
Ilha das Flores, que diferentemente do que o próprio nome dá a entender, é uma ilha em que são mandados todos os detritos produzidos pela capital Porto Alegre. Lá há donos de porcos que aproveitam o lixo para servir de alimentação aos seus animais. Nisso entra crianças e mulheres que moram na Ilha das Flores e como não tem dinheiro acabam se alimentando desse lixo.
A parte mais irônica de tudo é que as mulheres e crianças ficam abaixo dos porcos no direito a alimentação, pois o que desadequado ao consumo dos animais são destinados ao consumo dessas pessoas desamparadas.
O documentário é muito bem feito, e sua função de mostrar uma realidade difícil foi bem cumprida. Ao termino dele, paramos para pensar em certas prioridades em que o ser humano tem e que muitas são extremamente inadequadas e