Igualdade de gênero

Igualdade de gênero: Uma realidade utópica
No ano de 2010, com 56% dos votos, vence a eleição presidencial Dilma Vana Rousseff, a primeira mulher, após tantos anos de história, a vencer uma eleição presidencial no Brasil.
Eleições para a presidência já existem em nosso país desde 1891, com a eleição do alagoano
Marechal Deodoro da Fonseca, e a primeira mulher somente foi eleita 119 anos depois.
A diferença de gênero, não somente em nosso país como no mundo, sempre foi alvo de grandes discussões. O direito ao voto, à escolaridade e a condições dignas de trabalho apenas foi conquistado após muito tempo e empenho.
A começar por 08 de março, data escolhida para representar o Dia da Mulher, já nos deparamos com algo enfadonho. A data é comemorada em torno da “libertação feminina”, da luta e do suor empenhado em nome dos direitos iguais entre os sexos. Porém, esquece-se sempre que para o “Oito de Março” existir, diversas mulheres foram queimadas vivas em uma fábrica. Comemora-se ao mesmo tempo a nova vida adquirida e, literalmente, a vida perdida.
Voltar mais no tempo leva à Inquisição. À pedido de Inocêncio VIII, os alemães Heinrich
Kramer e Jacob Sprenger condenavam mulheres à fogueira apenas por existirem. Em sua obra
“Malleus Maleficarum”, mais conhecida como o famoso “Martelo das Bruxas”, foram redigidos os seguintes trechos: “Toda bruxaria provém da luxúria carnal, que nas mulheres é insaciável”;
“A mulher... é uma armadilha. Seu coração, uma rede; e correias seus braços”.
Era fácil morrer neste período. Se confessassem iam às fogueiras; Se negassem, também iam às fogueiras, pois somente uma bruxa possuída pelo demônio negaria sua condição até o fim.
O despertar da mulher brasileira perante seus direitos teve como marco a obra
“Direitos das mulheres e injustiças dos homens”, redigida pela abolicionista Nísia Floresta, então com 22 anos, no ano de 1832. Com o fim do Império, políticas a favor do voto feminino já se iniciaram e desde então a