Igreja e Família
A família ocupa um lugar importante no plano da salvação. Há vários versículos que confirmam tal verdade: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15); “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16:31); “ponho-me de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família” (Ef 3:14-15); “honra teu pai e tua mãe…” (Ex 20:12; Dt 5:16 e Ef 6:2).
Dentre todos, porém, o mais contundente e desafiador é dirigido por Deus a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3). Contundente porque trata-se de uma afirmativa que revela o propósito e o poder de Deus para o ser humano. Desafiador porque chama à fé e à confiança nas promessas daquele que é fiel. Afinal, “os da fé é que são filhos de Abraão” (Gl 3:7).
Se, pois, a família faz parte do plano de Deus para a salvação dos que creem, não pode deixar de fazer parte dos planos missionários e pastorais da igreja. Em outras palavras, continua vigorando no contexto do cristianismo o chamado que envia a todas as famílias da terra, a fim de que sejam benditas. Como disse Paulo: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: em ti serão benditas todas as famílias…” (Gl 3:8).
Para tanto, duas exigências: em primeiro lugar, a igreja deve romper com o individualismo pós-moderno, que concentra atenções no indivíduo e suas necessidades particulares. Que a salvação é pessoal, não há dúvidas. Que seu alcance é familiar, também não (notem-se os versículos citados acima). Em melhores termos: a Igreja tem um papel fundamental na formação e no envio de crentes convictos de seu chamado para abençoar famílias. A começar por seus próprios lares.
A visão Igreja em Células é uma alternativa eclesiológica ao individualismo de nossa geração. Construída a partir de uma base fundamentalmente familiar, impede que os indivíduos resumam sua espiritualidade aos eventos de massa, às grandes concentrações, que são uma bênção (sobretudo,