Igreja na Idade Média Central e na Baixa Idade Média
RESUMO
O objetivo do capítulo é abordar a linha tendencial da Igreja nos seus aspecos institucionais, englobando a hierarquia eclesiástica e a massa de leigos. Que é dividida em três momentos, no primeiro momento há a organização da hierarquia eclesiástica buscando a consolidação do cristianismo. A seguir, a aproximação com o poder político garantiu à Igreja maior espaço de atuação. Em uma terceira fase, a Igreja separou-se completamente da sociedade laica e procurou dirigi-la. Contudo, por fim, as transformações que a Cristandade conhecera inviabilizaram o projeto papal e prepararam sua crise, a Reforma Protestante do século XVI. Ao chegar na Idade Média Central a Igreja estava nas mãos do leigos, já que dentro do processo de ruralização da papulação, os latifundiários que levantavam igrajas, mantinham esse bem como propriedade, podendo vendê-lo, doá-lo ou transmiti-lo em herança, podia ainda, nomear os sacerdotes, função que desde o século VIII era atribuída como feudo. Numa reação a esse estado de coisas, na Idade Média Central a Igreja teve como objetivo alcançar a autonomia e passar a dirigir a sociedade, concretizando o agostianisno político que afirmava a superioridade do poder espiritual frente ao temporal. O primeiro passo em direção a autonomia e direção da sociedade, foi dado em principios do século X com a fundação do mosteiro de Cluny, na Borgonha. A intenção era mante-lo livre de interferências, para que seus monges nunca se submetecem ao qualquer poder terreno. Cluny valorizava trabalhos litúrgicos, rigida discipina, ascetismo, silêncio e isolamento. Essses os moges recuperaram o prestígio da vida religiosa, logo, o poder dos bispos comprometidos com o mundo laico ficava abalado e o papado fortalecido. Em vários lugares surgiram mosteiros adotando o sistema de Cluny, que se tormou