Medieval
APRESENTAÇÃO
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O período entre os séculos IV e XVI é tradicionalmente conhecido por Idade das Trevas, Idade da Fé ou, com mais freqüência, Idade Média. Todos eles rótulos pejorativos, que escondem a importância daquela época na qual surgiram os traços essenciais da civilização ocidental. Nesta, mesmo países surgidos depois daquela fase histórica - caso do Brasil - têm muito mais de medieval do que à primeira vista possa parecer. Olhar para a Idade Média é estabelecer contato com coisas que nos são ao mesmo tempo familiares e estranhas, é resgatar uma infância longínqua que tendemos a negar mas da qual somos produto. De fato, para o homem do Ocidente atual compreender em profundidade a Idade Média é um exercício imprescindível de autoconhecimento.
Abaixo apresentamos uma resenha textual.
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FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade média: nascimento do ocidente. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Brasiliense, 2001.
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Introdução: O (Pré)Conceito De Idade Média
Falarmos em Idade Antiga ou Média representa uma rotulação a posteriori, uma satisfação da necessidade de se dar nome aos momentos passados, foi o século XVI que elaborou tal conceito, um desprezo não disfarçado em relação aos séculos localizados entre a Antigüidade Clássica e o próprio século XVI.
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A Idade Média Para Os Renascentistas E Iluminista
O italiano Francesco Petrarca (1304-1374) já se referira ao período anterior como de tenebrae: nascia o mito historiográfico da Idade das Trevas.
A arte medieval, por fugir aos padrões clássicos, também era vista como grosseira daí o grande pintor Rafael Sanzio (1483-1520) chamá-la de “gótico”, termo então sinônimo de “bárbara”.
O sentido básico mantinha-se renascentista: a “Idade Média” teria sido uma interrupção no progresso humano, inaugurado pelos gregos e romanos e retomado pelos homens do século XVI. Ou seja, também para o século XVII os tempos “medievais” teriam sido de barbárie, ignorância e superstição.
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