IDOSO: RELACIONAMENTO X ISOLAMENTO
Somos seres pensantes. Pensamos sobre as coisas passadas, projetamos nosso futuro, resolvemos problemas, criamos, sonhamos, fantasiamos, somos até capazes de pensar sobre nós mesmos, isto é, somos capazes de nos tornar objetos de nossa própria investigação.
Para compreendermos a expressão de um ser, seus comportamentos e dificuldades, devemos sempre inseri-lo em sua história pessoal, em sua história social.
Dependendo da sua história pessoal, o indivíduo pode tornar-se um idoso com uma visão ainda reluzente do futuro, vivendo com otimismo, esperança e auto-estima, sempre em atividade, aproveitando todos os momentos possíveis; ou pode vir a ser um pessimista, ocioso, sempre reclamando da vida, afastando amizades, curtindo o papel de vítima.
Para os dois modelos de comportamento, a palavra-chave é autoestima – alta ou baixa, que veio sendo construída com o passar dos anos. Não podemos mudar o passado, mas podemos mudar nossos pensamentos em relação ao passado, trabalhando no presente para a elevação do amor a si próprio.
O idoso precisa ter, primeiramente, um bom convívio consigo mesmo.
Aquele que gosta do contato com as pessoas, tem a fascinante possibilidade de criar em torno de si uma cultura superior de entendimento. Se, ao contrário, se isolar, poderá entrar no perigoso terreno da desconfiança e da inferioridade e ser taxado de orgulhoso e desagradável.
A família é geralmente um “porto seguro” para o ser humano em qualquer fase da vida. O almoço familiar aos domingos, reunindo três, às vezes quatro gerações, foram se reduzindo e, na atualidade, raras famílias conseguem se confraternizar de maneira tão benéfica, fortalecendo o espírito de união fraternal.
Há uma queixa generalizada de idosos que sentem um vazio aos fins de semana, por se sentirem privados desses momentos divertidos outrora vivenciados.
Os netos, por sua vez, acostumaram-se com almoços rápidos em shoppings ou restaurantes, muitas