Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil
ESS - Escola de Serviço social
SSN - Departamento de Serviço Social de Niterói
Aluna: Samira Dutra
Fichamento:
AMMANN, Safira Bezerra. Ideologia do desenvolvimento de comunidade no Brasil. SP: Cortez, 2013. (Prefácio, Introdução, Cap. 1 e Conclusões).
O prefácio do livro foi produzido por Florestan Fernandes1, e de maneira interessante ele revela sua decepção com as Ciências Sociais, quando ele acreditava que elas poderiam construir uma sociedade democrática. Defendia uma cooperação entre sociólogos e assistentes sociais e acreditava que a sociedade amadureceria a ponto de permitir que as classes trabalhadoras obtivessem algum controle, mas ele percebe então, que não é bem assim.
Florestan Fernandes concorda com a autora quando diz que muitos erros foram cometidos no Desenvolvimento de Comunidade no Brasil. Para ele, mesmo que uma mudança radical aconteça vinda da classe trabalhadora, as classes dominantes nunca permitirão que as diferenças sejam eliminadas. Ele expressa a importância de Gramsci para o pensamento “socialista democrático”, e que ao se fazer uso de suas ideias deve-se romper com a ordem burguesa. Não se pode fazer uma escolha política rebelde e continuar servindo a ordem burguesa e ao Estado capitalista. “Portanto a questão obvia consiste no seguinte: a quem querem servir os intelectuais do Desenvolvimento de Comunidade?” (p.23). Para ele, Ammann desmascara as correntes e os intelectuais do Desenvolvimento de Comunidade quando diz,
[...] foram plenamente domesticados para preencher papéis sociais que só servem aos interesses das classes dominantes, à estabilidade da ordem e à racionalidade do capitalismo periférico, malgrado as exceções pessoais, ou mesmo de grupos inteiros que porfiaram em entrosar o Serviço Social aos interesses e aos valores sociais das classes trabalhadoras (p.23).
Florestan Fernandes destaca a importância do balanço feito pela autora que engloba quatro décadas, e o