Fichamento AMMANN

Discussão sobre o desenvolvimento de comunidade no Brasil a partir do texto de:

AMMANN, Safira Bezerra. Ideologia do desenvolvimento de comunidade no Brasil. SP: Cortez, 2013.

O texto é iniciado com a apresentação por parte de Florestan Fernandes, onde expõe que a finalidade do livro é o questionamento e “o que deve ou pode ser feito quando o desenvolvimento se libera da tutela da minoria ou do atrelamento ao governo para encadear-se, exprimir e fortalecer a consciência de massas” (p. 15). Designa a evolução do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil e a discussão sobre a posição tomada pelos chamados “intelectuais do Desenvolvimento de Comunidade”.
Os “intelectuais do Desenvolvimento de Comunidade” não foram só intelectuais orgânicos da burguesia nacional e do imperialismo. Mais que isso, foram plenamente domesticados para preencher papéis sociais que só servem aos interesses das classes dominantes, à estabilidade da ordem e à racionalidade do capitalismo periférico, malgrado as exceções pessoais ou mesmo de grupos inteiros que porfiaram em entrosar o Serviço Social aos interesses e aos valores sociais das classes trabalhadoras. (p. 12)

Ammann diz que “uma participação, para se pretender “social”, deve supor um “processo mediante o qual as diversas camadas sociais tomem parte na produção, na gestão e no usufruto dos bens de uma sociedade historicamente determinada” (p.17). Examina em sua tese de mestrado o problema da participação social e as “formas de participação postuladas e postas em prática pelo Desenvolvimento de Comunidade” (p.17). Conclui que o Desenvolvimento de Comunidade não disponibilizar para as classes populares acesso aos “processos dinâmicos que constroem e/ou modificam a sociedade brasiliense.” (p.17)
Gramsci é citado no texto pois, segundo a autora principal:
[...] o Desenvolvimento de Comunidade representa uma ideologia e uma política proposta por organismos internacionais, absorvida e difundida pelas classes dirigentes e pelas