Ideologia da arte
A arte expressa-se como sentimentos humanos, de um determinado período e não conforme a subjetividade do ser, mas devido o meio em que o próprio está inserido e a forma como enxerga a si e a seus semelhantes, na relação do sujeito com o objeto.
Para Bosi (2002), a definição do que é arte é fruto de uma elitização dos padrões de belo e feio, de modo à arte ser expressão das classes superiores como demonstração da real beleza (PONCE, 1996), como nos modelos de beleza das mulheres. Sendo assim, estes padrões podem ser comparados com a beleza das mulheres do período feudal e do capitalismo do período monopolista. Há uma determinada avaliação, que atualmente apresenta-se como natural da beleza feminina, que se caracteriza com um corpo esguio e a pele bronzeada, comparado com a beleza do século XVII de riqueza física e gordura, isto é, mostrando muito mais que a evolução do mundo e do conceito de estética, sendo que no período feudal as mulheres da classe alta não trabalhavam no campo, como as mulheres da classe baixa. Fazendo esta comparação, fica perceptível que as mulheres da classe alta se alimentavam melhor e não se expunhavam ao sol com as das classes baixas. Semelhante a isto, ocorre no capitalismo na pós-modernidade, onde as maiorias das trabalhadoras das metrópoles trabalham em escritórios por seis ou oito horas, sem exposição do sol. Em contrapeso à isto, as mulheres da alta burguesia têm maior tempo de exposição aos raios solares que bronzeiam a pele, sejam estes naturais ou artificiais o ano inteiro, deste modo, o atual padrão de beleza feminina da sociedade estar mais apto a gastar sua renda em produtos cosméticos, cirurgias plásticas e etc, para “ficarem