História da arte
O homem se apresenta como um ser dual justamente por reagir de duas maneiras diferentes a estímulos que é exposto. Isso acontece por que, diferentemente do animal, o homem além de ter um corpo também possui uma mente. Ou seja, além de sua reação á excitações físicas de seu meio, reage “em função dos significados que ele imprime à realidade” (Merleau Ponty). A dualidade, por tanto, se apresenta na função instintiva de sobrevivência e reprodução e, na função social, de atribuição de significados à experiências vividas no coletivo, como busca de um sentido à sua própria vida. É a partir da expressão artística que o homem começa a demonstrar sua busca de “não apenas o equilíbrio biológico, mas também a coerência simbólica”(Merleau Ponty), desta maneira, é um reflexo direto da sua exclusiva habilidade de criação, pautada no conhecimento reflexivo e na tentativa de estabelecer valores éticos e estéticos.
Questão 2 Gombrich discute a arte como “algo poderoso para ser usado e não como algo bonito para se contemplar” em sua origem nos povos primitivos. Neste período, como o paleolítico, as imagens eram ritualizadas a partir de representações de impressões e ações do cotidiano, como a caça e fenômenos da natureza. Dessa forma, são isentas do carácter contemplativo, uma vez que a função dada a elas é de proteção aos poderes “tão reais quanto as forças da natureza”. Tal característica também é notada na arte egípcia, uma vez que tinha concepções puramente espirituais e religiosas, voltada completamente para ideologia da morte. Sua representação máxima se nota nas pirâmides e tumbas mortuárias. Além disso, a tese se reforça pelo anonimato do artista e pela padronização da obra que não permitia o surgimento de um caráter autoral.
No trecho de Janson, a arte já é encarada sob um outro viés. Existia a crença de que a contemplação aos Deuses, através da arte (esculturas em geral), levaria o Homem a perfeição e sabedoria.
Questão 3
O conceito aristotélico de arte