Identidade Pessoal
A identidade pessoal é, portanto, o conjunto das percepções, sentimentos e representações que uma pessoa tem de si própria, que lhe permitem reconhecer e ser reconhecido socialmente. Ou seja, é uma construção dinâmica da unidade da consciência de si, através das relações intersubjectivas, das comunicações da linguagem e das experiências sociais. É um processo activo, afectivo e cognitivo da representação de si no meio que o rodeia, associado a um sentimento de permanência. É o conceito de si, isto é, o modo como nós nos definimos e que nos permite afirmarmo-nos socialmente e dizer “ eu sou eu”.
A identidade pessoal é um sentimento intrínseco de ser o mesmo, permitindo de ser o mesmo permitindo que nos reconheçamos como sujeitos únicos, como actores das nossas experiências passadas, presentes e futuras.
A identidade constrói-se ao longo da vida, o que implica mudança, não é um atributo imutável da pessoa, actualiza-se permanentemente até à morte. Esta construção apoia-se em vários conceitos ou características de identidade que se subdividem em seis elementos: continuidade, estabilidade, unicidade, diversidade, realização e auto-estima.
Na adolescência as relações vão-se alargando a outros grupos e contextos sociais, como a escola, grupo de pares, entre outros. É neste grupos de pertença, e também nos grupos de referência, que o sujeito reconhece modelos para as suas atitudes e comportamentos. A importância e o tipo de relação que estabelece com estes grupos mudam ao longo do tempo. A entrada na puberdade vai desencadear uma grande alteração ao nível físico e também psicológico. É nessa altura que se dá um distanciamento dos pais, privilegiando o grupo de pares sendo este a referência no processo de autonomia face aos pais e fonte de modelo de identificação para o adolescente.
A identidade é um dos temas privilegiados