Ensaio Filosófico - Problema da identidade pessoal
Neste ensaio vou refletir sobre o problema filosófico da identidade pessoal, que consiste em responder à pergunta: “Quem sou eu?” Ou “O que me distingue de todas as outras pessoas?”.
A respeito deste problema filosófico vou defender a tese de que o que nos distingue de todas as outras pessoas são as ações, ou seja, o que nos caracteriza, o que nos diferencia são as nossas ações.
As principais objeções a que está sujeita a perspetiva que defendo são a teste dos dados pessoais, a tese das características físicas, a tese da personalidade e a tese das crenças. A tese dos dados pessoais diz-nos que são os mesmos que nos distinguem e diferenciam de todas as outras pessoas baseando – se no argumento de que se tenho um conjunto de dados pessoais, então é isso que me distingue. Eu tenho um conjunto de dados pessoais. Logo, é isso que me define e faz com que eu seja quem sou. No entanto esta objeção não é consistente, pois é facilmente refutada. Suponhamos que o Sr. K altera alguns ou mesmo todos os seus dados pessoais. Será que o Sr. K passaria a ser outra pessoa? Não. Simplesmente continuaria a ser a mesma pessoa, mas com dados pessoais diferentes. Não é a tese dos dados pessoais que nos definem, logo a teste dos dados pessoais está incorreta. A segunda objeção, a tese das características físicas diz-nos que são as características físicas que nos diferenciam e nos distinguem de todas as outras pessoas baseando-se no argumento de que se tenho um conjunto de características físicas únicas, então é isso que me define. Eu tenho um conjunto de características físicas únicas. Logo é isso que me define e faz com que eu seja quem sou. Considero que este argumento não responde à questão, porque tempos vários exemplos de gémeos idênticos que apesar de terem características iguais são pessoas diferentes, não são a mesma pessoa. Se a tese das características físicas estivesse correta, gémeos idênticos seriam a mesma pessoa. Gémeos idênticos não são a mesma