Ideias de karl marx
Desde os tempos mais remotos da história do pensamento têm-se pensado muito sobre questões relativas aos conceitos de teoria e prática, no entanto, poucas vezes conseguiu-se fazê-lo sem uma espécie de divisão entre os mesmos, ou seja, em raras situações vemos um pensamento “aceitável” que bem justifique uma interpolação teórico-prática. Karl Marx conceituou a teoria e a prática sem e desde já poderemos dizer que a sua resposta diz respeito a um termo deveras conhecido por sua obra, isto é, o que se denominou práxis. Para esse momento iremos definir a práxis nos termos de que ela seja a atividade do sujeito que de algum modo aproveita algum conhecimento ao interferir no mundo, transformando esse mesmo mundo ao passo que transforma também a si mesmo. Esta atividade do sujeito é muito importante para entendermos o seu pensamento, pois é ela fundamental ao mesmo tempo em que condição necessária para a efetivação da práxis, então, esta atividade poder-se-ia denominar trabalho. É dessa forma, portanto, que se configura a noção de práxis. Este trabalho é diferente dos outros tipos de trabalho.
Na práxis, o sujeito age conforme pensa a prática “pede” teoria, as decisões precisam ter algum fundamento consciente, as escolhas devem poder ser justificadas. Na práxis, o sujeito projeta seus objetivos, assume seus riscos, carece de conhecimentos.
A teoria, então, tem que “morder” as diferentes ações transformadoras, e pode não conseguir fazê-lo, ou pode “mordê-las” muito deficientemente. Para que haja uma concretude da ação, é necessário que o indivíduo possua consciência sobre o ato, caso contrário ela designaria o real. O concreto é, pois, uma exclusividade do homem, que por sua vez, tendo consciência dos seus atos, tem também pleno domínio sobre a natureza. A práxis é ação com conhecimento. Sem um desses elementos, a teoria e a prática, não existiria o que Marx chamou de práxis, nem ao