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2980 palavras 12 páginas
Literatura do Paraná
A literatura elaborada por escritores do Paraná é muitas vezes criticada pela falta de identificação das obras com o povo, a geografia e a cultura paranaenses. Os críticos literários afirmam que os autores nascidos ou que realizaram boa parte de sua bibliografia nesse Estado apresentam textos com características de qualquer outra região do Brasil, menos com seu local de origem.
Entretanto, enquanto alguns relatam que foi a literatura paranaense uma das primeiras a se envolver com o modernismo da década de 1920, outros destacam que esse movimento não encontrou representantes no Paraná, ou que chegou de maneira muito sutil, apenas 20 anos depois. Ainda na década de 1930 a literatura local era caracterizada como pertencente ao movimento do Simbolismo. Dez anos mais tarde, importantes autores do Estado foram responsáveis pela tentativa de modernização das formas e ideias na literatura paranaense, assim como a busca pela sua regionalização, em especial, Bento Munhoz da Rocha Neto e Dalton Trevisan, mas apesar da criação de um periódico de sucesso, a revista “O Joaquim”, não obtiveram maiores sucessos em suas iniciativas. Aliás, “O Joaquim” é o principal destaque literário no Estado, lançada em abril de 1946, e direcionada à exposição livre de ideias e a atualização de modelos para a arte paranaense, a revista circulou até o final de 1948.
Segundo os críticos da literatura do Paraná, os autores possuem um amplo material para produção de uma obra de maior identificação com o Estado, citando como exemplo as diversas lendas existentes; o ambiente geográfico com seus pinheiros e campos gerais; os ciclos econômicos, como o do tropeirismo e o da erva-mate; e importantes acontecimentos históricos, como a Guerra do Contestado e a participação dos paranaenses na Revolução Federalista. Além disso, a própria figura do tropeiro poderia ser utilizada como a representação de um herói ou um modelo que identifique o povo do Estado para as outras regiões do país.

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