Estuários como a baía da Babitonga são áreas de desova de muitos vertebrados e invertebrados marinhos, sendo considerados berçários de muitas espécies ícticas. Este trabalho objetivou estudar o ictioplâncton em uma área sob influência de uma pluma fluvial (PF) e outra sem tal influência (SPF) na baía da Babitonga. Durante um ano foram realizadas coletas mensais duplas em cada área, de agosto de 2005 a julho de 2006, com rede de plâncton cônica de 40cm de diâmetro, 200µm de abertura de malha e fluxômetro acoplado para medir o volume filtrado durante o arrasto oblíquo de dois minutos. As amostras foram fixadas em formol 4%. Em sub-superfície foram registrados os parâmetros temperatura (°C), salinidade (‰), pH e oxigênio dissolvido (mg/L). No laboratório o ictioplâncton foi triado e quantificado, sendo então calculadas as densidades de ovos e larvas por metro cúbico. A identificação foi feita ao nível de família com guias especializados. A temperatura na área PF variou de 20 a 28,6 e na SPF de 20 a 29°C. A salinidade na área PF variou de 23,6 a 35 e na SPF de 23,3 a 34‰. O pH nas duas áreas variou de 8,2 a 16,4. O oxigênio dissolvido na área PF variou de 4,8 a 7,7 e de 4,8 a 8,7mg/L na SPF. O biovolume na área PF variou de 0,22 a 0,92mL/m³ e na SPF de 0.22 a 0,89mL/m³. A densidade de ovos na área PF variou de 0,13 a 369,07 e na SPF de 0,09 a 114,26. A densidade de larvas na PF variou de 0,16 a 14,44 e na SPF de 0,12 a 16,82. Na PF obteve-se 12 famílias em um total de 1.160 larvas, em dezembro ocorreu o maior número e em junho o menor, sendo que Blenniidae ocorreu em todos os meses e Engraulidae representou maior percentagem. Na SPF ocorreram 16 famílias representadas por 996 larvas, em outubro ocorreu o maior número e junho o menor, sendo que a família Blenniidae ocorreu em todos os meses e a família Engraulidae representou o maior percentual. Os resultados obtidos revelaram diferenças entre as áreas e neste sentido, estudos futuros são