Icterícia neonatal
A hiperbilirrubinemia neonatal é o termo utilizado para descrever o excesso de bilirrubina encontrado no sangue do recém-nascido (RN) que ocasiona a icterícia (coloração amarelada ou alaranjada da mucosa e da pele).²
Um dos componentes do sangue é a hemoglobina, que ao se degradar origina subprodutos, sendo um deles a bilirrubina. Normalmente o organismo consegue manter equilibrado o nível de morte das hemácias e a eliminação desses subprodutos indesejados. Porém a imaturidade do sistema hepático do RN pode interferir nesse equilíbrio fazendo com que a excreção dessa bilirrubina fique insuficiente.³
A hiperbilirrubinemia é a patologia mais frequente nos recém-nascidos, pois ela é diagnosticada em uma (1) a cada duas (2) crianças em período neonatal. Pode ser oriunda de inúmeros fatores e pode ser causada por diversos fatores simuntaneos e seu tratamento dependerá do tipo e da intensidade da doença.¹
Diversas considerações devem ser tomadas antes de se estabelecer um tratamento no RN ictérico. É importante observar o histórico obstétrico materno, como observar alterações do parto que possam estar relacionadas a uma contribuição direta ou indireta para a hiperbilirrubinemia. Somente após uma investigação do histórico (materno e do RN) é que se deve fazer os exames laboratoriais.¹
Os exames laboratoriais mais utilizados são: 1) concentração sérica de bilirrubina-total e frações; 2) grupo sanguíneo, fator Rh e Coombs direto; 3) hematócrito ou hemoglobina. Somente após esses testes que se descobrirá se a hiperbilirrubinemia é do tipo fisiológico ou patológico, e qual tipo de tratamento será mais adequado a cada caso.
Durante este trabalho iremos relatar as formas de tratamento mais utilizadas, incluindo: a fototerapia, exanguineotransfusão e a administração de drogas adjuvantes.
Tratamento
A importância do tratamento da hiperbilirrubinemia está relacionada a tentativa de se evitar a neurotoxicidade decorrente do acúmulo excessivo de bilirrubina nas