Iconografia da ditadura
Sorocaba, 25 de novembro de 2014.
Charge 1
A charge satiriza a repressão do direito de expressão que foi imposta em 1968 durante o governo de Artur da Costa e Silva pelo AI-5 (Ato institucional 5). Nela deixa-se claro que toda e qualquer mídia poderia ser censurada se assim o governo achasse que ofenderia seus interesses ou difamaria os mesmos. A personagem abre o seu jornal diário e vê que no espaço onde estaria a matéria não existe nada, e sua fala expressa que sabia com antecedência que iriam censurar uma parte do jornal.
Charge 2
Na charge o militar recorda-se com nostalgia sobre a época da ditadura militar, quando os direitos do cidadão de expressar aquilo que pensava poderia ser considerado uma ofensa particular ao governo levando ao desaparecimento de pessoas, que eram mortas ou torturadas.
Charge 3
A imagem representa como a população sentia-se diante à ditadura. Eram oprimidos e não tinham liberdade. O golpe militar sufocou a democracia e fez todos sentirem-se acuados.
Charge 4
Durante a ditadura militar, os jornais e revistas não tinham liberdade de expressão e não podiam escrever nada que fosse contra o governo, pois os lideres políticos censuravam o que não os agradavam. A charge mostra exatamente isso, antes de serem publicadas, as matérias eram revisadas por alguém ligado ao governo, e se houvesse alguma palavra “ofensiva”, eram riscadas da edição.
Charge 5
Na charge a personagem principal aparece fazendo um gesto retratando como os arquivos de prisão, tortura e repressão de pessoas que eram contra a ditadura foram "silenciadas" com as suas almas e familiares clamando por justiça, elas são retratadas como se fossem meros papeis, números que contabilizavam as vítimas do regime militar durante a ditadura.
Em contrapartida, a declaração universal dos direitos humanos foi feita nesta mesma época ironizando a mesma com o golpe militar.