Iamamoto, marilda vilela. relações sociais e serviço social no brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológico/ marilda vilela iamamoto, raul de carvalho – são paulo: cortez, 2008 – 22.ed parte ii capítulo ii

485 palavras 2 páginas
1.Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social

“As obras caridosas mantidas pelo clero ( e leigos ) possuem uma longa tradição, remontando aos primórdios do período colonial. A parca e precária infra-estrutura hospitalar e assistencial existente até fase bastante avançada do Império se deve quase exclusivamente à ação das ordens religiosas européias que se implantam e disseminam pelo país”. (pág.165)

“A Tentativa de intervenção na organização e controle do proletariado também não é recente”.(pág.165)

“ A participação do clero no controle direto do operariado industrial remonta, por sua vez, ao surgimento das primeiras grandes unidades industriais, em fins do século passado. É viva a presença de religiosos no próprio interior dessas unidades, que muitas vezes possuíam capelas próprias, onde diariamente os trabalhadores eram obrigados a assistir à missa e a outras liturgias. Nas Vilas Operárias sua presença é constante. No plano sindical, com apoio patronal, desenvolvem iniciativas assistenciais ( mútuas etc. ) e organizacionais visando contrapor-se ao sindicalismo autônomo de inspiração anarco-sindicalista”. (pág.165)

“No entanto, oque se poderia considerar como protoformas do Serviço Social, como hoje é entendido, tem sua base nas obras e instituições que começam a “brotar” após o fim da Primeira Guerra Mundial.”(pág.166)

“Caracteriza esse momento, no plano externo, o surgimento da primeira nação socialista e a efervescência do movimento popular operário em toda a Europa. O Tratado de Versailles procura estatuir internacionalmente uma nova política social mais compreensiva relativamente à classe operária. É também o momento em que surgem e se multiplicam na Europa as escolas de Serviço Social. No plano operário, como foi visto, os grandes movimentos operários de 1917 a 1921 tornaram patente para a sociedade a existência da “questão social” e da necessidade de procurara soluções para resolvê-la, senão minorá-la.”(pág.166)

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