Hípias Menor (ou do falso)
Centro de Teologia e Ciências Humanas
Curso de Filosofia (Bacharelado)
Professor Karl Heinz
Aluno Jeferson Dias da Silva
Trabalho de História da Filosofia Antiga I
Hípias Menor
(ou do falso)
Recife, 27/05/2014
Introdução
Dos vários diálogos chamados socráticos, o Hípias Menor (ou do falso) é considerado como um dos primeiros diálogos de Platão, que apesar de pequeno trás consigo uma temática a princípio difícil de compreender, mas que nos permite conhecer mais a fundo e compreender o pensamento platônico. O diálogo tem como principais personagens: Êudico, Hípias (sofista) e Sócrates, os dois últimos citados desencadeiam o diálogo discutindo o caráter de Aquiles e Ulisses proposto por Hípias, e nesse colóquio a intenção de Platão tem por finalidade provar a tese socrática sobre o mal, demonstrando que o mal não pode ser praticado voluntariamente. Nesse diálogo observaremos que Sócrates utiliza como instrumento a redução ao absurdo, analisaremos então como se chega a tal.
Desenvolvimento
Neste diálogo, Sócrates e Hípias de Élide se dispõem a discorrer sobre o caráter de Aquiles e Ulisses, personagens dos poemas de Homero. Segundo Hípias, Aquiles é um homem sincero e não tem a capacidade de enganar voluntariamente, já Ulisses, é o oposto de Aquiles, é um homem versátil e mente com uma finalidade terminada. Então Sócrates utiliza a afirmação de Hípias como partida para iniciar a sua argumentação e começa a dialogar fazendo uso de sua maiêutica, primeiramente parte de que: para mentir, a pessoa tem que ser capaz de enganar. Como se observa no seguinte fragmento:
Sócrates – Por mentiroso entendes os indivíduos incapazes de fazer alguma coisa, como seria o caso dos doentes, ou, ao invés disso, os que são capazes de fazer algo?
Hípias – Os capazes, penso, e até de muitas coisas mesmo, principalmente e enganar os outros.
Sócrates – Pelo que