Platão e os Diálogos
Platão nasceu em c. 427 e morreu em c. 348 a.C. Oriundo de uma família de aristocratas de Atenas, belo e saudável viveu os prazeres reservados aos jovens de sua Classe Social, combinando o culto ao corpo (prática comum entre os seus) com o aprimoramento de sua inteligência. Esteve perto de seguir carreira política como era tradição na família, mas o desejo imperioso de Saber levou-o ao maior de todos os professores de sua época, e talvez de todas as épocas: Sócrates. O Homem que se intitulava “Parteiro de Idéias (em alusão à profissão de sua mãe)” e que admitia sem o menor constrangimento que: “só sei que nada sei”. Porém era considerado por Pítia uma sacerdotisa do Oráculo de Delfos como o mais inteligente entre os atenienses.
Convivendo com Sócrates, Platão fascinou-se pela “MAIEUTICA”, o método que Sócrates empregava para levar seu interlocutor a reconhecer, como ele próprio já fizera, que nada sabia. Sócrates não apresentava qualquer proposição ou posição que pudesse ser entendida como resposta; ao contrário, através de sucessivas perguntas sobre o tema abordado ia dissecando o assunto até seus últimos limites, destruindo qualquer dogma, convencionalismo, ou falso ou superficial Saber que houvesse sobre a questão em pauta. E chegados nesse ponto, Mestre, discípulos e interlocutores aprendiam que a Filosofia é justamente essa busca interminável pela Verdade absoluta que se oculta atrás das aparências e superficialidades das coisas.
Ali, Platão, muito mais que os outros, compreendeu a importância de seu Mestre, que sem nada rotular, indicava que