Diálogos de platão
Sócrates se espanta com a decisão do adivinho, e questiona-o sobre sua decisão. Cabe ressaltar aqui, que o pai de Eutífron não teria o matado dolosamente. O servo morreu por falta de cuidados enquanto estava acorrentado. O acusado teria se ausentado para descobrir o que deveria ser feito e por algum motivo se atrasara. O próprio Sócrates mostra que era um homem honesto, ao se referir a ele como o "homem probo". . Eutífron retruca que era uma questão de justiça, independente de quem seja o praticante do ato, dando início a um diálogo sobre o sentido de piedade. É um embate em que Sócrates deseja uma resposta, mas nos seus termos. Não quer exemplos, ou uma parte do significado, mas quer que lhe explique a verdadeira essência da piedade. Uma rápida busca pela internet mostra que existem várias interpretações para o diálogo, teses de mestrado e doutorado, enfim, muito estudo de gente muito mais capacitada do que eu. O que vai aqui é minha impressão pessoal, o que entendi do texto. Inicialmente Eutífron afirma que a piedade é uma imposição da aplicação da justiça, "a piedade impõe o castigo do culpado, seja este pai, mão, ou outra pessoa qualquer; não agir assim é ímpio". A piedade seria o ato que estava praticando. Essa resposta não satisfaz seu interlocutor, pois limita-se a declarar que está sendo praticado um ato piedoso ao acusar o próprio pai. Sócrates quer saber o "algo característico que faz com que todas as coisas ímpias sejam ímpias, e todas as coisas piedosos, piedosas". Eutífron então responde que é piedoso tudo que é agradável aos deuses, e ímpio o que não é. O