Hume e a associação de idéias

Acadêmico: Daniel Proença Larsson

Hume e a associação de ideias É evidente que ocorre um princípio de conexão entre os mais variados pensamentos ou ideias da razão humana, pois quando se apresentam à memória ou a imaginação se introduzem através de um método e regularidade. Até mesmo em nossos mais desordenados e errantes devaneios, como também em nossos sonhos, notamos, se refletir, que a imaginação não vagou totalmente a esmo. Porém, sempre havia uma conexão entre as diferentes ideias que se sucediam. Em uma conversa, por mais livre que seja, notar-se-ia que ouve uma ligação entre todas as suas transições. Em certos casos, encontramos palavras que exprimem as ideias mais complexas quase que se correspondem entre si, o que é uma prova de que as ideias simples compreendidas nas ideias complexas são ligadas por um princípio universal. Há, portanto, três princípios de conexão entre as ideias: a semelhança, contiguidade e causa ou efeito. Não será duvidoso que estes princípios sirvam para ligar as ideias. É um bom exemplo se pensarmos acerca de um ferimento, não podemos furtar-nos de refletir sobre a dor que lhe acompanha. Quando se trata de uma paixão ou afeição, fica muito claro este principio de conexão. Como o homem e um ser racional, raramente age ou fala sem algum propósito em vista. Embora os meios possam ser inadequados para chegar aos fins, jamais desperdiçará seus pensamentos ou ideias em algo que não trará satisfação. Esses princípios também são encontrados em diversos poemas e histórias. Quando o autor faz estrategicamente pausas em sua narrativa e parte para outro ponto. Assim estimula a curiosidade do leitor a tentar descobrir o que virá pela frente com base no que já foi visto. Ovídio, por exemplo, formulou seu plano no princípio de semelhança, pois toda a transformação fabulosa dos deuses apareceu em sua obra.Assim, não é preciso senão esta condição para que um evento convirja para seu plano original. Já um historiador que fosse escrever