visão empírica de David Hume
David Hume (1721-1776) foi o principal filósofo da corrente de pensamento empirista moderna. Propõe que todo conhecimento parte e deriva dos sentidos, opondo-se ao racionalismo cartesiano, que acreditava que o conhecimento derivava da razão. Para Hume, no início do conhecimento, estão as percepções: podemos, pois, dividir aqui todas as percepções da mente em duas classes ou tipos, que se distinguiram pelos diferentes graus de força e vivacidade. As menos intensas e vivas são comumente designadas pensamentos ou ideias. O outro tipo carece de nome em nossa língua [...] usaremos, pois, de um pouco de liberdade e chamemo-lhes de impressões. (HUME, 1998, p. 24)
Para Hume, as percepções provocam impressões e estas são mais intensas e presentes (sensações e emoções) e as ideias derivam delas, ou seja, são produzidas a partir das impressões, como se fossem cópias das impressões guardadas na memória. Ressalta-se que as impressões são mais fortes porque são sentidas no momento com todos os seus sentimentos e emoções, sejam elas externas ou internas; já as ideias são mais fracas, pois são guardadas pela memória como imagens ou imaginadas a partir das ideias que já se tinha (por exemplo: uma pessoa quando passa por uma experiência de afogamento tem no momento toda a intensidade e vivacidade em sua impressão; depois de algum tempo tem em si a memória do ocorrido com uma intensidade menor; além disso, uma terceira pessoa que imagina terá menor sentimento do que a da ideia produzida).
As impressões que se tem são impressões simples e destas derivam as ideias, como por exemplo a impressão de azul e ideia de azul. Mas Hume questiona sobre como é possível se ter ideias complexas (por exemplo: bola azul) e chega à conclusão de que estas são compostas por associação das ideias simples e compostas, sejam elas feitas por semelhança, contiguidade no tempo e no espaço e causa e efeito.
Para mim, parece-me apenas 3 princípios de conexão entres as ideias, a saber: