Humanitismo
O presente trabalho monográfico apresentará o Humanitismo tomando como base seu preceptor Joaquim Borba dos Santos, mais conhecido como Quincas Borba, que nos romances Machadianos “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Quincas Borba” apresenta e explica a todos essa teoria.
Quincas Borba era um filósofo doido e esquisito, com constantes alterações de humor e ímpetos sem motivos, era extravagante e desejava sua continuidade através dos tempos por meio de sua teoria “borbista”, de natureza “humorística”: o Humanitismo.
A pesquisa será iniciada partindo do contexto histórico da época em que foi fundada tal teoria. Tratava-se de uma época em que surgiram idéias novas em toda a Europa, idéias estas que vieram da Revolução Francesa em 1789, mas que ficaram abafadas pela nação européia até meados de 1850. Época em que foram lançadas algumas correntes chamadas de ismos – liberalismo, positivismo, evolucionismo...- que mesmo inseridas no contexto brasileiro ainda pareciam absurdas no que se refere ao modelo social brasileiro. O Brasil ainda se encontrava como um Império em que a base econômica era o café, todo o sistema era escravista. Não há como misturar idéias modernas em uma estrutura social como era a do Brasil à época, não há como se combinar escravismo com liberalismo, não há como ser moderno e atrasado ao mesmo tempo.
O Humanitismo é uma visão irônica das filosofias que pregam uma visão da humanidade em uma essência única, sua maior oposição é ao humanismo em que o homem é o centro de tudo e há uma valorização total dele.
Machado de Assis busca por meio dos atos de seus personagens criticar, de maneira cômica, a situação do Brasil. O Humanitismo veio como uma sátira a todos esses ismos, principalmente ao positivismo e ao humanismo que pretendiam salvar o mundo e o homem por meio da bondade e autossacrifício em prol do outro. No humanitismo aparece o pensamento pessimista e absurdo e o homem aparece como um ser imperfeito, cheio de falsidades, de