Estudante
O romance foi escrito duas vezes. A primeira saiu, em capítulos, na revista A Estação. A Segunda, saiu em volume, pela livraria Garnier, em 1892. A versão definitiva é a da 2a edição. Nela, o romance começa pelo meio da história, isto é, o narrador interrompe a seqüência para relatar o que sucedeu antes do ponto em que iniciou.
Nos três primeiros capítulos, Rubião encontra-se no RJ, dominado pelo luxo e apaixonado por Sofia. No quarto, o pensamento de Rubião desviava-se dela e ele relembra as circunstâncias que o levaram àqueles extremos. Na primeira versão, a obra começa pelo princípio da ação, quer dizer, os eventos são apresentados na ordem em que ocorreram.
O HUMANITISMO DE QUINCAS BORBA
A filosofia de Quincas Borba não passa de uma paródia bem-humorada e eficiente do positivismo. Há inúmeros pontos de contato explícitos entre ambos: a teoria dos estágios da humanidade, o princípio de que a humanidade é superior ao homem , o entendimento do sexo como ritual litúrgico da reprodução, a proposta de doutrinação política e religiosa da sociedade, o otimismo quanto aos destinos do homem, etc...
Mattoso Câmara Jr., que escreveu um ensaio sobre o humanitismo, em ensaios Machadianos(Língua e Estilo), afirma que essa filosofia não é uma crença, mas uma dúvida.
O tema central da obra, é a transformação do homem em objeto do homem, a coisificação ou reificação. O capitalista Palha usa sua esposa Sofia para usurpar a fortuna de Rubião que, no entanto, enlouquece de amor. A ruína econômica, moral e física de Rubião prova a idéia de que ser fraco é ser culpado. Isso foi aplicado por Charles Darwin ao descrever a seleção natural das espécies.
DOIS IMPORTANTES PORMENORES
A obra apresenta, também, o problema da relatividade das condições. Sofia recusou Rubião por julga-lo repugnante, mas usou o argumento de fidelidade ao marido, embora tivesse marcado um encontro amoroso com Carlos Maria, que não foi ao encontro por