Quincas borba
Neste trabalho abordaremos a obra de Machado de Assis, Quincas Borba segundo as perspectivas de Maria Rita Vieira Coelho e Francisco da Cunha e Silva Filho, que nos vêm falar sobre Rubião, personagem central da trama e o final de sua vida contada por Machado de modo a fazer uma crítica da sociedade em que vivia. Machado de Assis, que viveu a época posterior ao Positivismo brasileiro veio, por meio desta história, mostrar-nos suas críticas ao mesmo, com a criação do Humanitismo dentro da obra, uma faceta do Positivismo, que tem por base levantar algumas das bandeiras deste em relação aos seres humanos e seu mútuo tratamento. A base do Positivismo era a limitação da experiência humana ao mundo sensível e ao conhecimento aos fatos observáveis. Ele propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando-nos, portanto, da Metafísica e Religião e trazendo-nos a experiência a ter que ser sentida pra então ser conhecida. Neste processo, em sua obra Quincas Borba, Machado de Assis usa seu “ator” principal, Rubião, para ensaiar e demonstrar Humanitas, provando ao fim que o mais forte sempre vence.
Entendendo o Humanitismo
O Positivismo, o qual Silva Filho coloca como sendo a base de Machado de Assis para a criação do Humanitismo, foi concebido por Augusto Comte em meados do século XIX e adaptado para a vida brasileira pelos golpistas militares que trouxeram a Proclamação da República sendo, inclusive a bandeira nacional símbolo desta política com sua máxima Ordem e Progresso. Nesta época o Brasil vivia promessas de se tornar uma sociedade justa, fraterna e progressista de acordo com os moldes desta política (o Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por meta). O método de Comte consiste em observar fenômenos e experiênciá-los sem precisar usar teologia ou metafísica para compreendê-los, usando somente a ciência para prová-los.
Quincas Borba explica a Rubião o princípio do Humanitismo, concepção/filosofia criada por ele que diz