Quincas borba
Logo se arrepende dos seus pensamentos e acrescenta que estão juntos no céu.
Seu criado era espanhol, embora quisesse contratar seus crioulos de Minas Gerais, mas Cristiano achava melhor ter criados brancos e o cozinheiro era francês.
Rubião observa sua casa: a bandeja de prata foi conselho de Cristiano e os quadros foram recomendados por Sofia.
Há um ano atrás era professor na cidade mineira de Barbacena, hoje com 41 anos, sentia que não era inteiramente feliz, mas a felicidade completa estava próxima.
Rubião recorda-se como conheceu o filósofo Quincas Borba.
Quincas Borba não tinha família. O seu último tio morrera e deixara uma herança fabulosa. Quando chegou á Barbacena enamorou-se de Piedade, irmã de Rubião, mas a moça não correspondeu seu afeto e logo morreu. Este romance foi á ligação de Rubião com Quincas Borba. Na época era professor e como o amigo filósofo estava doente, abandonou a escola para cuidar do enfermo.
Quincas Borba tinha um cão com o mesmo nome.
“Desde que Humanitas é o princípio da vida e reside por toda a parte, existe também no cão e este pode receber um nome de gente”, caso Quincas Borba, o filósofo morresse antes, sobreviveria no nome de Quincas Borba, o cão.
Quincas Borba conta-lhe a morte da avó. Foi no Rio de Janeiro, defronte da Capela Imperial, em dia de festa. Ela atravessou a rua para sentar-se numa cadeira no Largo do Paço, uma besta assustou-se e a pisoteou. O dono da sege tinha fome...
Aí reside o princípio Humanitas: na morte da avó, não há morte, há vida, porque a supressão de uma delas é a condição de sobrevivência da outra.
Supõe um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para