humanidades em medicina
3º SEMESTRE – 2013.1 (2º ANO)
ENTRE A VIDA E A MORTE
Tanatologia: estudo das relações do homem com a morte, perdas e separações
Denise R. B. Mello
Roberto C. A. Filho
Psicólogos e Professores da FMC
O termo Tanatologia é de origem grega:
Thanatos: personificação da morte na mitologia grega
Logos: palavra, conhecimento
Estudo das relações do homem com a morte.
Thanatos opõe-se a Eros, deus grego do amor, da vida
Mas ao contrário do que o senso comum sustenta, a Tanatologia não estuda apenas a morte e toda a representação de dor na qual ela está impregnada em nossa cultura.
A Tanatologia estuda a dinâmica entre a vida e a morte que está na essência da existência humana, o que envolve a questão das perdas ao longo da vida.
Para se compreender esta dinâmica, é preciso considerar que diversos aspectos contornam e definem o modo como concebemos a morte:
• Históricos
• Culturais
• Religiosos
• Biológicos
• Etapas do desenvolvimento
Etapas do desenvolvimento – INFÂNCIA
Imaginário social: as crianças nada sabem sobre a morte e devem ser poupadas. No entanto, a criança tem vivências de perda, embora não consiga definir vida e morte. No seu mundo mágico e fantasioso a morte é reversível; representa o desconhecido e o mal.
Etapas do desenvolvimento – ADOLESCÊNCIA
Vivências intensas. O adolescente sabe que a morte é irreversível; pode viver mortes concretas ou perdas significativas que podem exacerbar os conflitos próprios desta etapa do desenvolvimento (ambivalência: todo-poderoso, impotente e finito). Fase da descoberta do amor erótico: romantismo (morrer de amor).
Etapas do desenvolvimento – ADULTO
Fase de grande transformação interna: constatação de que a morte pode acontecer com todos inclusive consigo mesmo. Muitas vezes, esta constatação traz novos significantes para a vida. Várias perdas podem fazer parte da idade adulta: irmãos, amigos, filhos, cônjuge, emprego, atividades,