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Contextualização (revisão biográfica): As perdas de escravos indígenas e as pressões da Igreja Católica que levaram à intensificação do tráfico negreiro foram intensificadas no Brasil Colônia. A mercadoria escrava, vinda do Congo, Guiné, Angola e Sudão era altamente rentável para a Coroa portuguesa.
O volume do tráfico negreiro para a América Portuguesa duplicou na primeira metade do século 17. Entre 1701 e 1741, desembarcaram, nos portos brasileiros, cerca de 600 mil africanos, em sua maioria destinada às minas de ouro. Nas duas décadas seguintes, o tráfico atingiu seu pico máximo e fez chegar ao Brasil 354 mil escravos.
Nos navios, os negros eram submetidos a péssimas condições de higiene, maus-tratos, ficando amontoados em porões escuros e sem oxigenação adequada. Muitos adoeciam e morriam no caminho.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro, os escravos trabalhavam arduamente, proibidos de praticar seus ritos e obrigados a adotar a religião Católica e a língua portuguesa na comunicação. Escondidos, mantiveram suas representações artísticas e desenvolveram a capoeira como forma de luta. Resistentes, forjavam a aceitação dos princípios culturais brancos e persistiam na prática de suas danças, músicas e venerações religiosas.
Forçados a trabalhar sem descanso, os negros reagiram à escravidão de modos diferentes: deprimiam-se e se suicidavam; executavam os trabalhos com lentidão, comprometendo o ritmo de produção; organizavam fugas e rebeliões.
Os negros escravizados não eram passivos aos maus-tratos e ao cativeiro. Inúmeras revoltas foram deflagradas nesse período. As fugas contínuas levaram à criação dos Quilombos – refúgio para negros, que se constituíram em comunidades organizadas, produtivas e livres para práticas religiosas e culturais. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
Trabalhavam com a extração de ouro e conseguiam romper o controle imposto por seus senhores na