Hospitalidade

Hospitalidade ...
Rio de Janeiro. Cristo Redentor, braços abertos sob a Guanabara, dizia o poeta. Ícone do turismo no Brasil, a cidade maravilhosa é a hospitalidade em verso e prosa. Belas paisagens, hotéis de luxo, calçadões e muita gente disposta a agradar. Presta-se serviço de toda natureza. O chofer leva e traz e muitos são bilíngues, facilitando a comunicação. O atendente da barraquinha serve a bebida gelada, enquanto o freguês toma seu banho de sol. O hotel oferece suas cadeiras e guarda-sóis, pois o sol, muitas vezes, requer intermediário. À noite, restaurantes estão a postos para servir à melhor comida e, de quebra, algum artista divertirá o recepcionado. E a Bahia? Terra de todos os Santos, do acarajé, das baianas e a musicalidade, regada a muita dança. Abertos a ensinar o turista a segurar o tchan, amarrar o tchan e tchan, tchan, tchan. Estão de férias, nada melhor do que uma boa descontraída. Temos, também, a cidade de São Paulo. Um pouco caótica, confessamos, mas nem só de férias vivem os viajantes. Há o turismo de negócio. Escritórios pomposos, cafezinho, água, almoços que se estendem por horas e de graça, afinal, são nossos convidados. A secretária à disposição. Reserva o hotel, chama o taxi, indica o melhor local para qualquer serviço que nosso parceiro comercial necessite. É! Isso é Brasil. Melhor, Brasis. Recebemos e tratamos bem seja qual for a ocasião e a região. Todos são bem vindos: não guardamos mágoas, não reparamos a cor, não nos importamos com o que o turista pensa sobre o Lula. Fiquem à vontade, pois nosso lema é receber bem.
Mas temos de ser justos. Às vezes acontecem contratempos. Um turista é morto aqui, outro é assaltado lá, alguns “perdem” seus pertences no hotel, outros são ludibriados com mercadorias falsas etc. Porém, isso não tira nossa hospitalidade. Afinal, na França também roubam, também ludibriam. A Itália, por sua vez, fabrica trombadinhas; tem por todas as partes. E na Alemanha? Só eles falam a variante deles. Dificulta à