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A complexidade dos fatores envolvidos na saúde, tem evidenciado a necessidade de se investir em Promoção da Saúde e é, neste contexto, que se coloca a discussão de empoderamento, enfocando-se a atenção para intervenções que extrapolam o já criticado modelo biomédico.
Segundo Vasconcelos (2001), o conceito de empoderamento é o tema central das políticas sociais e saúde mental na Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, principalmente, a partir dos anos 90. Historicamente, o empoderamento está associado a formas alternativas de se trabalhar as realidades sociais, suporte mútuo, formas cooperativas, formas de democracia participativa, autogestão e movimentos sociais autônomos.
Empoderamento, em Promoção da Saúde, é sempre definido como " um processo que ajuda as pessoas a firmar seu controle sobre os fatores que afetam a sua saúde" (1) (Gibson, 1991 apud Airhihenbuwa, 1994: 345). É também usado como sinônimo para habilidades de enfrentamento, suporte mútuo, organização comunitária, sistema de suporte, participação da vizinhança, eficiência pessoal, competência, auto-estima e auto-suficiência. (Rappaport 1981; Kieffer 1984 apud Airhihenbuwa, 1994: 345). Este conceito limitado de empoderamento evoca a noção de que forças ambientais controladoras são a meta final. Educação empoderada ou educação de empoderamento (empowerment education) é uma efetiva educação saudável e um modelo preventivo que se focaliza na ação grupal e no diálogo direto dos alvos comunitários, almejando aumentar a credibilidade das pessoas em sua capacidade em mudar suas próprias vidas (Wallerstein, 1988 apud Airhihenbuwa, CO, 1994: 345). Neste sentido,