Homo Ludens Resumo
O livro retrata o jogo como fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definiçoes menos rigorosas, pressupõe sempre a sociedade humana.
Tomando o jogo como um fenômeno cultural, o livro se estrutura sob uma extensa perspectiva histórica, recorrendo inclusive a estudos etimológico e etnográficos de sociedades distantes temporal e culturalmente.
Reconhece o jogo como algo que já nasce ao homem e mesmo aos animais, considerando-o uma categoria absolutamente primária da vida, logo anterior a cultura, tendo esta evoluído no jogo.
O livro mostra que o jogo, além de ser mais antigo que a cultura, se mostra um fato impossivel de se provar a inexistência pois já nasceu com o homem e com os animais. "A existência do jogo é inegável. É possível negar, se se quiser, quase todas as abstrações: a justiça, a beleza, o bem, Deus. É possível negar-se a seridade, mas não o jogo."
O autor do livro (Johan Huizinga) define a noção de jogo de forma aberta retratando o jogo como o atividade livre, de ter uma liberdade , uma segunda caracteristica, sempre ligada a primeira.
"O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da 'vida cotidiana'."
O jogo não é colocado como um passo primeiro a determinada função cultural como uma simples transformação do jogo para a cultura, mas reconhece-se a cultura como possuidora de um caráter lúdico e que, sobretudo em suas fases mais primitivas, se processou segundo as formas e no ambiente do jogo.
Analisa o jogo como uma função significante, valorizando sobretudo o caráter de competição (os elementos agonísticos e antitéticos do jogo). A linguagem, o mito e o sagrado, são marcados desde o início