HOMENIDEOS
Australopithecus. Em 1924, ao ser dinamitada uma pedreira em Taung, na África do Sul, encontrou-se por acaso um pequeno crânio com alguns traços do chimpanzé, embora prevalecessem outras características que apontavam uma clara linha de hominização. Esse fóssil, o Australopithecus africanus, conhecido como Baby Dart, em virtude dos estudos que lhe dedicou o paleontólogo inglês Raymond Arthur Dart, carecia da viseira frontal própria dos macacos antropóides, tinha uma capacidade craniana de 500cm3 (que, na idade adulta, teriam chegado a 600 ou 700cm3) e uma dentadura com apenas dois caracteres gorilóides, nenhum próprio do chimpanzé e vinte comuns com o homem.
Pouco depois, Dart encontrou outros restos adultos semelhantes, com pelve de características 95% humanas, a que deu o nome de Australopithecus prometheus. Achou nas imediações restos de fogo, assim como pedras talhadas esferoidais que indicavam a fabricação de alguns instrumentos. As várias espécies de Australopithecus de que já se encontraram fósseis persuasivos incluem, além de A. africanus, A. robustus, A. boisei e A. afarensis, esta a mais remota já estudada, com cerca de três milhões e meio de anos, e descoberta em 1974.
Apesar da aparência simiesca, o Australopithecus, cuja ocorrência alguns situam entre oito e pouco menos de dois milhões de anos atrás, é sem dúvida o mais antigo gênero conhecido de hominídeos. Descobertas posteriores permitiram estabelecer duas ramificações: um mais robusto, vegetariano, que se manteve nas florestas; e outro mais frágil, pequeno e atarracado, bípede, ereto e onívoro, que